quinta-feira, 17 de março de 2016

Uma bofetada no povo e na Justiça do Brasil!


Foto Reprodução

Para quem se considerava “herói do povo brasileiro”, tornar-se ministro a fim de ter foro privilegiado e passar a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não mais por Sérgio Moro é realmente uma atitude vergonhosa e covarde. O foro privilegiado foi criado para evitar que pessoas que ocupem cargos públicos relevantes sejam expostas, durante as investigações de eventuais ataques.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sentir que a investigação avançava rapidamente e ao se assustar com as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, consideradas as maiores da história, retorna nesta quinta-feira (17) ao palácio para a cerimônia de posse como novo ministro-chefe da casa Civil, no lugar de Jaques Wagner, que será deslocado para a chefia de gabinete da presidente. Que estratégia! Com a nomeação de Lula como ministro, tanto a investigação quanto o julgamento do ex-presidente passam para instâncias superiores.
"Com o foro privilegiado, ele passa a ser julgado direto em última instância. Isso significa que todo o processo tem de ser remetido para o Supremo Tribunal Federal, ele (o processo) e todas as provas", afirmou à BBC Brasil o professor de Direito Processual Penal da PUC-SP, Claudio José Langroiva Pereira.

Ainda vem a tal presidente Dilma com um diálogo de que Lula iria para o ministério com o objetivo de fortalecer o governo e ajudar na recomposição da base de apoio do Palácio do Planalto no Congresso. Ajudar em que? Afundar ainda mais o país?

Essa nomeação é mais que um acinte, uma bofetada no povo e na Justiça do Brasil. O país não merece essa desfaçatez e escárnio de quem se considera seu dono. E a presidente demonstra seu desespero, tentando salvar o que resta do mandato, antes que chegue o Impeachment. 

A posse nesta quinta-feira, um dia após o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, retirar o sigilo sobre ligações do ex-presidente Lula interceptadas com autorização judicial. Em um desses telefonemas, Lula recebeu uma ligação da presidente na qual ela disse que enviaria a ele o termo de posse para que ele só usasse “em caso de necessidade”. 

É difícil esperar que em um país como o nosso, - medidas sejam tomadas, e pessoas responsabilizadas. Não estou aqui fazer demagogia, só estou exercendo o meu papel de cidadã e estou indignada, envergonhada com essa política suja, trapaceira.

Nunca na história desse país alguém dá uma demonstração tão explícita de que está fugindo da polícia. Simplesmente vergonhoso. E, se não bastasse agir desse modo, ainda deixa a mulher e os filhos totalmente à mercê dessa mesma polícia. Vergonhoso é o adjetivo mais meigo para se referir ao ex-presidente Lula.

Triste é chegar à conclusão do quanto fomos enganados por uma corja. O Brasil hoje é motivo de piada. É lamentável como essa gente medíocre trata o povo brasileiro. Espero que a OAB, as Associações de Magistrados, os advogados individualmente entrem com uma ação popular no STF para tentar anular essa possibilidade, quando uma pessoa já é investigada, mesmo sem condenação. Espero ainda que os culpados paguem por todos os crimes cometidos! Sinceramente, é isto que eu espero, torço para que aconteça. Não é por vingança, é apenas, por JUSTIÇA!


Meus pêsames Brasil! Fica aqui meu protesto...

Cheilla Gobi

quinta-feira, 10 de março de 2016

Vice-prefeita de Salvador fala sobre papel da mulher na sociedade atual

Nessa quarta-feira (09/03), tive o prazer de conhecer e entrevistar Célia Sacramento, a primeira vice-prefeita negra, da primeira capital do Brasil, Salvador. Conversamos sobre o papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira, mais especificamente sob a ótica da política, em uma sociedade construída sob a égide do machismo.


Confiram a matéria!

Foto: Cheilla Gobi

Em entrevista coletiva, a vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento falou sobre o papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira (mais especificamente sob a ótica da política), em uma sociedade, segundo ela, construída sob a égide do machismo, na qual o homem sempre ocupou o espaço público. O racismo também foi citado como outro problema enfrentado no país. 

“Além do problema do machismo o Brasil enfrenta ainda o racismo. Eu sou a primeira vice-prefeita negra, da primeira capital do Brasil, a cidade mais negra fora da África e sei muito bem o que significa tudo isso, mesmo assim, diante de tantas dificuldades, a mulher tem avançado, embora a passos curtos”, disse Célia.

Apesar do aumento no número de cargos políticos ocupados por mulheres, ainda é pequena a participação. De acordo com um ranking que avalia a penetração política por gêneros em pelo menos 146 países, diz que a representação feminina no poder não acompanha emancipação observada em outras áreas da sociedade. De acordo com a vice-prefeita isso se dá a estrutura do próprio sistema, que não dá oportunidades para que haja igualdade na concorrência.

Defendendo o aumento do papel feminino na política, Célia declarou que a representatividade feminina deve-se à falta de incentivo para que as mulheres iniciem uma vida política. Ela defende que a representação feminina seja a mesma que o número de homens.

Segundo a entrevistada, obviamente, a eleição da primeira presidente do Brasil contribuiu de alguma maneira para mudar esse quadro de atrofia da participação feminina e talvez motivar outras candidaturas de mulheres. Célia considera a participação da mulher no poder como um dos principais avanços na luta feminina.

“Temos pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher na presidência da República, no entanto, acompanhamos um caos político, social, ético, e econômico que o país está passando. Em um primeiro momento poderíamos pensar que o futuro político das mulheres não é nada agradável. Uma série de fatores deprecia a gestão, portanto colocam em ‘xeque’ somente a mulher enquanto gestora. A primeira experiência de políticas de cotas para aumentar a presença da mulher brasileira na política é um fator positivo. Contudo, acredito que as mulheres devem continuar lutando pela democracia, através da participação e apesar do caos na política brasileira, as perspectivas para as mulheres no poder são positivas”, garante.

Célia Sacramento falou como consegue administrar a carreira que progride com as outras atividades de uma mulher moderna, já que além do cargo na política ela exerce outras atividades. “Tenho dois filhos, não abro mão de acompanhá-los na vida escolar. Faço atividades físicas, tenho horários para o laser, sou professora universitária nas esferas federal e estadual, sou contadora de carreira, e consigo conciliar bem a vida na política e ser mulher. Conto com o apoio do pai dos meus filhos. É fundamental mudar a cultura da divisão sexual do trabalho dentro de casa. Além do trabalho doméstico também devem ter a responsabilidade pelos filhos”, disse Célia, destacando que as mulheres mais pobres são as mais penalizadas.

Espero que o material sirva para estimular as mulheres a participar ativamente da política no país. Mulheres com garra e coragem para lutar pelo desenvolvimento do nosso país. Precisamos ter políticas públicas e instrumentos para avaliar a efetivação delas, além de ações concretas do governo no enfrentamento das desigualdades sociais e do preconceito.

Foto: Neuraci Silva

Cheilla Gobi/Jornal Gazeta do Oeste

quinta-feira, 3 de março de 2016

O maldito cerol!


Foto Reprodução
Acabou o tempo em que soltar pipa era uma brincadeira infantil. Adolescentes, e adultos dominam a prática, porém, certas regras não estão sendo respeitadas, e acidentes vêm acontecendo.
O cerol é aplicado diretamente na linha usada para empinar a pipa que também tem o nome de raia, arraia, papagaio, califa, pandora, quadrado e outros. A cola serve como aglomerante, enquanto o pó de vidro ou ferro serve como abrasivo. Pipas balanceadas, impecáveis no que se refere ao equilíbrio, e após equipá-las com o cerol é só enviá-las ao ar, à procura de suas "adversárias". Mas essa simples brincadeira de soltar pipa vem se transformando em um verdadeiro perigo. A prática de aplicar cerol à linha pode transformá-la em uma arma letal.
O resultado é uma linha extremamente cortante, capaz de provocar lesões, mutilações ou pior ainda, causar a morte. Os motociclistas têm sido as principais vítimas e o pescoço é a parte mais atingida, principalmente devido à falta de proteção. Neste local passa uma artéria de grande calibre e o corte desta pode provocar um sangramento muito intenso que pode levar a morte. 
O estudante Gleyson Pereira de Souza, de 27 anos sobreviveu, após ter o pescoço cortado por uma linha de pipa com cerol enquanto pilotava uma motocicleta na cidade de Barreiras,  no Oeste da Bahia. O rapaz levou 23 pontos e diz que sobreviveu por um milagre.
Isso em decorrência de irresponsabilidades e negligências dos que usam tal meio como diversão. Além de colocar a vida dos outros em jogo, também há o risco para o próprio “empinador” do brinquedo se cortar e também para as pessoas que correm e disputam quem pegará as pipas desprendidas das linhas que caem.
É inaceitável que a sociedade tenha conhecimento dos acidentes causados pelo uso da substância e não faça nada para modificar essa realidade. É lastimável o uso do maldito cerol! É crime! É no mínimo uma tentativa de homicídio. 


Atualmente, em alguns municípios brasileiros, existem leis que proíbem o seu uso e venda, mas infelizmente vivemos outra realidade e como não tem como impedir o uso do cerol, o único meio é a conscientização realmente das pessoas. Aconselho os próprios motociclistas a tomar providências e recorrer a antena anti-cerol, instalada no guidão, que retém e corta a linha antes que atinja os ocupantes da moto, para evitar estes e outros riscos.  Pai e mãe: não deixem seus filhos soltando pipas com cerol nas ruas, orientem sobre os riscos que podem causar. Pipa com cerol, não é brincadeira! Solte pipa sem cerol!



Foto Reprodução

Cheilla Gobi